A Mastercard incluiu sete novas startups com soluções de blockchain e criptografia no seu programa Start Path, que vão desde os chamados NFTs (“non-fungible tokens”) até à construção de uma câmara de vácuo para permitir novos activos digitais sustentáveis.
De acordo com o portal “Executive Digest”, o objectivo é apoiar os activos digitais de rápido crescimento, as soluções de blockchain e as empresas de criptomoedas, e dar continuidade ao trabalho que a própria Mastercard tem desenvolvido ao nível dos activos digitais.
A GK8, a Domain Money, a Mintable, a SupraOracles, a STACS, a Taurus e a Uphold, em conjunto com a Mastercard, vão agora “procurar expandir e acelerar a inovação em torno da tecnologia de activos digitais e tornar mais seguro e fácil às pessoas e às instituições comprarem, gastarem e manter criptomoedas e activos digitais”, avança a empresa em comunicado.
De entre as sete startups que participam na versão inaugural do programa Start Path da Mastercard, destaca-se a Mintable, de Singapura, que permite aos utilizadores criar, comprar e vender ativos digitais e físicos, incluindo obras de arte, música ou produtos colecionáveis, através de NFTs suportados em tecnologia blockchain.
“A plataforma tem uma série de novidades projectadas para capacitar o cidadão comum a trabalhar com NFTs, mesmo que não tenha nenhum conhecimento prévio em criptografia ou código”, destaca a Mastercard.
Por sua vez, a GK8, de Israel, é uma plataforma de autogestão de criptografia institucional, que oferece uma verdadeira câmara de vácuo, que permite criar, assinar e enviar transações de blockchain seguras sem receber qualquer input da internet, eliminando quaisquer potenciais vectores de ataques cibernéticos.
Já a Taurus, da Suíça, oferece uma infraestrutura de nível empresarial para gerir qualquer ativo digital através de uma única plataforma, incluindo ativos criptográficos, moedas digitais e activos tokenizados, cobrindo a emissão, custódia, manutenção e negociação de activos.
A Domain Money (EUA) pretende construir uma plataforma de investimento para a banca de retalho, que preencha a lacuna existente entre os activos digitais e as finanças tradicionais, e a SupraOracles (Suíça) é “um poderoso oráculo de blockchain”, que ajuda as empresas a ligarem dados da sua actividade a cadeias públicas e privadas, permitindo contratos inteligentes interoperáveis para automatizar, simplificar e proteger o futuro dos mercados financeiros.
A STACS (Singapura) oferece uma infraestrutura de blockchain que permite a bancos globais, bolsas de valores nacionais e gestores de activos criar modelos de financiamento sustentável eficaz, e a Uphold (EUA) é uma plataforma de dinheiro digital cripto-nativa de múltiplos activos que oferece serviços de investimento e pagamento a consumidores e empresas em todo o mundo. A experiência de negociação ‘Anything-to-Anything’, exclusiva da Uphold, permite que os clientes negociem directamente entre as classes de ativos com pagamentos incorporados, facilitando um futuro em que todos tenham acesso a serviços financeiros.
Os fundadores das empresas de activos digitais e blockchain que participam neste novo programa Start Path da Mastercard querem “resolver uma série de aspetos ainda problemáticos, incluindo a tokenização de activos, precisão de dados, segurança digital e acesso contínuo entre a economia tradicional e a digital”.
“Enquanto player líder em tecnologia, acreditamos que podemos desempenhar um papel fundamental nos activos digitais, ajudando a moldar a indústria e a criar as soluções para proteção e segurança dos consumidores. Parte da nossa função é forjar o futuro das criptomoedas e estamos a fazer isso unindo os principais players financeiros tradicionais com as inovações ao nível dos activos digitais”, sublinhou Jess Turner, vice-presidente executivo da Nova Infraestrutura Digital e Fintech.
A Mastercard está envolvida com o ecossistema de moedas digitais desde 2015.