A suspensão da mina de grafite de Balama, em Cabo Delgado, devido à crise política e social, ameaça os interesses da indústria de carros elétricos dos Estados Unidos da América e Austrália.
Esta suspensão das operações na mina de grafite de Balama, em Cabo Delgado resultaram na queda de 28% no valor das ações da empresa Syrah Resources que também enfrenta um incumprimento em empréstimos financiados pelo Governo dos Estados Unidos da América (EUA).
A Syrah, fornecedora de grafite para baterias de veículos eléctricos, incluindo um contrato com a Tesla, destacou que os bloqueios impediram o transporte de materiais e levaram ao encerramento temporário das operações, com os trabalhadores dispensados.
A Syrah Resources, produtora australiana de grafite, informou em comunicado que iniciou conversações com agências dos EUA depois de distúrbios civis perto da sua mina em Moçambique terem interrompido a produção e desencadeadas cláusulas de incumprimento em empréstimos cruciais do governo dos EUA.
A interrupção de operações da Syrah está a comprometer o anseio dos EUA e da Austrália de evitar dependência da China (maior concorrente dos EUA) no fornecimento de produtos feitos à base de grafite.
Dados da GlobalData indicam que Moçambique destaca-se como sendo um dos cinco maiores produtores de grafite do mundo, sendo a China líder global.
Ainda segundo os mesmos dados, Moçambique foi o segundo maior produtor mundial de grafite em 2022, com um incremento de produção em 126%, acima de 2021.
A mina do grafite de Balama, é de extrema importância no fabrico de baterias de carros elétricos da Tesla, gigante de veículos elétricos do bilionário, Elon Musk.
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