Os trabalhos de extracção e processamento de derivados de areias pesadas do distrito de Chibuto, na província de Gaza, estão paralisados por conta de manifestações protagonizadas por cidadãos nativos que reivindicam o pagamento de benfeitorias acordadas para a cedência das terras.

Os contestatários, exigem indemnizações no valor de 12 mil meticais por benfeitorias.

Os trabalhadores da empresa chinesa Disheng, que explora minérios naquele distrito, revelaram ao jornal Notícias, que os trabalhos estão paralisados há mais de três dias, por conta dos bloqueios ao acesso à mina.

“Os manifestantes bloquearam o acesso à fábrica impedindo a entrada e saída de trabalhadores e de camiões de transporte dos minérios, exportados através do Porto de Maputo”, revelaram os trabalhadores ao jornal Notícias.

Sabe-se que o valor tinha sido acordado e parcialmente pago. Sucede que, conforme os manifestantes, o governo reduziu o valor das compensações de 12 mil previamente acordado para três mil meticais, lavando assim à fúria da população.

O imbróglio dura há mais de seis anos, desde a retirada da população para um novo local de reassentamento para dar espaço ao projecto de extracção de areias pesadas.

De acordo com o jornal Notícias, no terreno estão brigadas multi-sectoriais lideradas pelo Conselho Executivo Provincial de Gaza, incluindo dos Serviços Provinciais de Representação do Estado, nomeadamente de Terra e Ambiente e de Infra-estruturas, que tentam buscar consensos com a população contestatária.