A Autoridade de Gestão de Fronteiras (BMA) da África do Sul encerrou temporariamente, nesta terça-feira (05), o posto de Lebombo, após violentos protestos em Moçambique, que atingiram a vila de Ressano Garcia, reporta o News24.
A fronteira de Lebombo-Ressano Garcia é a mais importante entre África do Sul e Moçambique. É a maior fronteira terrestre de Moçambique, permitindo ao Estado a arrecadação de, pelo menos, 23 milhões de dólares diários, segundo dados da Autoridade Tributária, citados pela imprensa.
Michael Masiapato, comissário da BMA, disse, ao portal News24, que a decisão de encerrar a fronteira resulta da violência registada na vila de Ressano Garcia, na província de Maputo.
“Alguns edifícios foram incendiados. A fronteira será encerrada para garantir a segurança dos viajantes”, disse Masiapato à News24 na noite de terça-feira.
Aquele funcionário disse que a sua instituição está a monitorar a situação, em coordenação com as autoridades moçambicanas, para determinar a reabertura da fronteira logo que for seguro.
Enquanto isso não acontece, ele adverte para o uso de vias alternativas.
Segundo uma publicação da VOA, desde o início das manifestações, em finais de Outubro, a fronteira tem funcionado de forma deficiente.
Tal levou a Autoridade Tributária a afirmar, que nos primeiros três dias de manifestações, perdeu, pelo menos, 70 milhões de dólares, devido à interrupção do movimento migratório.
As manifestações foram convocadas pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane, que reivindica vitória nas eleições de 09 de Outubro.
Os resultados oficiais dão vitória ao candidato da Frelimo, Daniel Chapo, com 70,67% de votos, ficando Mondlane, em segundo lugar, com 20,32%.
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