Manica: Tumultos causam um morto e destruição de vários bens em Guro

Manica: Tumultos causam um morto e destruição de vários bens em Guro

Um menor com idade compreendida entre 12 e 14 anos perdeu a vida na tarde de ontem, sexta-feira, durante um tumulto ocorrido no distrito de Guro, província de Manica, centro do país.

Segundo uma publicação da AIM, a violência foi causada por um boato alegando a existência, na vila sede daquele distrito, de um agente económico que estaria a impedir a queda da chuva. E quando se apercebeu de que a sua vida poderia estar em risco, o referido agente económico refugiou-se no Comando Distrital da Polícia da República de Moçambique (PRM), onde o objectivo era mesmo encontrar um lugar seguro. Porém, isso não impediu a população de se deslocar ao Comando da PRM para exigir a entrega do cidadão e fazer justiça privada.

De acordo com o porta-voz do Comando Provincial da PRM, em Manica, Mateus Mindu, alguns residentes de Guro começaram a arremessar pedras e outros objectos contra o Comando distrital, desencadeando uma onda de violência que culminou com a morte do menor.

“A população queria o referido agente económico acusado de impedir a chuva. Ele havia-se refugiado no Comando Distrital. A população começou a rebelar-se e a polícia foi obrigada a tomar medidas para amainar a fúria”, contou Mateus Mindu em conferência de imprensa convocada este sábado.

A fonte acrescentou que na vila, a população lançou alguns objectos e queimou algumas viaturas, residências e motorizadas pertencentes ao agente económico.

“A destruição foi total. Os populares usavam algumas granadas de fabrico caseiro. Trabalhos ainda estão em curso para aferir os danos deste incidente e as reais causas da morte do menor”, afirmou Mateus Mindu.

O porta-voz sublinhou que “se ficar provado que a morte do menor foi causada pela má acção da polícia, na verdade haverá alguma responsabilização”. Mas, “o que se sabe até então é que, do outro lado da população, havia o arremesso de pedras e objecto que também colocaram em perigo a vida humana. Portanto, ainda estamos a investigar as reais causas daquela morte”.

Neste momento, segundo Mateus Mindu, o ambiente voltou à normalidade depois de ter sido mobilizado um contingente da força anti-motim.

Uma unidade da Força de Intervenção Rápida (UIR) foi destacada para a vila de Guro com o objectivo de repor a ordem e segurança pública.

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