Mais de 200 mil cajueiros em risco de desaparecer em Cabo Delgado

Mais de 200 mil cajueiros em risco de desaparecer em Cabo Delgado

Mais de 200 mil mudas de cajueiro, que se encontram no viveiro de produção daquele material vegetativo, em Nanduli, distrito de Ancuabe, em Cabo Delgado, correm risco de se perder, por conta da falta de assistência, provocada pela fuga de pessoal técnico, desde o ataque terrorista de 5 de Junho.

O viveiro, situado a cerca de 70 km da vila-sede de Ancuabe, foi visitado esta quarta-feira, pelo secretário de Estado em Cabo Delgado, António Supeia, que, na ocasião, orientou o Instituto de Amêndoas de Moçambique a encontrar formas de evitar a perda das plantas.

“Pensem em alguma solução alternativa e devem ser rápidos nisso”, orientou Supeia, citado pelo jornal Notícias.

Segundo o Instituto de Amêndoas de Moçambique, existem duas saídas para o problema, nomeadamente, trazer os técnicos de volta ao campo, mediante garantias de criação de condições de segurança e, a outra, transferir as mudas para a região de Mariri, onde existem condições hidrográficas para garantir a rega das plantas.

O viveiro de Nanduli, o maior da província de Cabo Delgado, tem a capacidade instalada para produzir mais de 700 mil mudas por ano.

Cabo Delgado, segundo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural, foi na campanha de produção de castanha de caju passada, 2021/2022, segundo maior produtor daquela cultura, com mais de 24 mil toneladas, contra 82 mil toneladas de Nampula.

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