Mais de 1500 famílias residem em zonas de risco e propensas a inundações no município da Matola, província de Maputo.
Segundo a reportagem da Rádio Moçambique, trata-se de famílias que construíram as suas habitações em onze bairros da capital da província de Maputo, algumas das quais em bacias de retenção de águas pluviais.
A maior parte das referidas famílias tem neste momento casas submersas, uma situação que se agrava com a chuva que tem vindo a cair nos últimos tempos.
As mais de 1 500 famílias que residem em zonas de risco e propensas as inundações, pelo menos 500 ergueram as suas habitações de forma ilegal, ao longo da orla marítima no bairro da Matola A.
Interpelados pela Rádio Moçambique, alguns proprietários das casas erguidas, descrevem que passam por situações difíceis sempre que há registo de maré alta.
Na semana passada, o vereador de Infraestrutura Municipal e porta-voz da Câmara Municipal de Matola, Firmino Guambe, em entrevista à AIM, disse que aquele município está trabalhando para mobilizar cerca de 70 milhões de dólares para resolver o problema das inundações cíclicas, causando danos humanos e materiais incalculáveis.
“Para resolver definitivamente o problema do saneamento do meio ambiente, no nível do Município de Matola, fizemos um estudo que indica que precisamos de cerca de 70 milhões de dólares. Esse valor será utilizado para a construção de valas de drenagem, recuperação de bacias e restauração do curso normal das águas”, disse Firmino Guambe, explicando que os valores envolvidos estão muito além da capacidade financeira do município.