Libertado fundador do Wikileaks, Julian Assange, após acordo com os EUA

Libertado fundador do Wikileaks, Julian Assange, após acordo com os EUA

O fundador do Wikileaks, Julian Assange, é, desde a manhã de segunda-feira, um homem livre, depois de passar os últimos cinco anos (1.901 dias) detido por divulgar segredos altamente confidenciais da defesa norte-americana em suas plataformas.

Entretanto, a soltura de Julian Assange é sustentada em um acordo com a justiça norte-americana em que se declara culpado das acusações.

Ele esteve detido na cadeia de máxima segurança de Belmarsh, no Reino Unido, território de onde saiu num avião a caminho das ilhas Marianas. Por lá deverá passar por uma audiência e seguir para seu país de origem, a Austrália.

“Foi-lhe concedida caução pelo Supremo Tribunal de Londres e foi libertado no aeroporto de Stansted durante a tarde, onde embarcou num avião e deixou o Reino Unido”, lê-se numa publicação da Wikileaks na plataforma X (antigo Twitter).

Este é o resultado de uma campanha mundial que abrangeu organizadores de base, activistas da liberdade de imprensa, legisladores e líderes de todo o espetro político, até às Nações Unidas. Isto criou o espaço para um longo período de negociações com o Departamento de Justiça dos EUA, que conduziu a um acordo que ainda não foi formalmente finalizado.

Em 2010, o Wikileaks publicou uma série de documentos relativos às operações norte-americanas no Afeganistão e no Iraque. Os dados foram fornecidos pela denunciante Chelsea Elizabeth Manning que é uma política, activista, denunciante e militar dos EUA.

Na mesma altura, foi acusado pela Suécia de agressão sexual e pedida a extradição, tendo-se refugiado na embaixada equatoriana em Londres. As autoridades norte-americanas acusaram-no então de espionagem e pediram a extradição de Assange.

Uma operação da polícia extraiu-o da embaixada em 2019 e tem estado desde então numa cela isolada de 2×3 metros na prisão de alta segurança de Belmarsh.

Um amplo movimento mundial tem feito pressão pela libertação de Assange. No momento da libertação, o Wikileaks e a família agradeceram todo este movimento. Assange deverá em breve voltar para a companhia da mulher Stella, com quem casou na prisão, e dos dois filhos, que apenas conheceram o pai preso. (Fontes: Euro News e Wikeleaks. Imagem: DR)

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