O Director de Operações das Forças Armadas Moçambicanas (FADM), Chongo Vidigal, anunciou, no sábado, em Maputo, que o grupo separatista da Renamo, a auto-proclamada Junta Militar do maior partido da oposição de Moçambique, já tem um novos líderes, eleitos na semana passada, no mato.

“Não poderei entrar em detalhes sobre os nomes”, disse Vidigal, “mas tenho informações segundo as quais a Junta Militar promoveu novos quadros à sua liderança”. O sufrágio decorreu numa mata, do distrito de Gorongosa, na semana passada.

O primeiro líder desse grupo de homens armados era liderado pelo já falecido membro da Renamo, Mariano Nhongo. Este recusava-se a aceitar o Acordo de Paz de Agosto de 2019, assinado entre o actual presidente do partido político, Ossufo Momade, e o Presidente da República, Filipe Nyusi.

Nhongo morreu num confronto com as forças governamentais no distrito de Cheringoma, em Sofala, a 11 de Outubro do ano passado. Desde então, não houve mais ataques atribuídos à Junta.

Desde então, acreditava-se que a morte de Mariano Nhongo significaria o fim da Junta, mas Vidigal disse aos jornalistas que a Junta elegeu uma nova liderança.

Vidigal também afirmou que a Desmobilização, Desarmamento e Reintegração (DDR) de antigos membros da milícia Renamo está a progredir, e as duas partes comprometeram-se a cumprir as suas responsabilidades.

“Os passos estão a ser dados”, afirmou, reconhecendo, no entanto, que por vezes há incumprimento dos prazos, “mas prevemos uma boa conclusão para que a paz seja alcançada”.

Source: clubofmozambique