Instituições financeiras devem ajustar  políticas de gestão de riscos cibernéticos

Instituições financeiras devem ajustar  políticas de gestão de riscos cibernéticos

O  Banco de Moçambique emitiu recentemente dois avisos sobre riscos cibernéticos onde introduz uma série de requisitos que passam a ser obrigatórios para o cumprimento por parte das instituições de créditos  e sociedade financeiras locais.

Reagindo a esta medida a Ernst & Young (EY), firma internacional de auditoria considera que este é um conjunto de requisitos para as quais as instituições financeiras devem ajustar as suas políticas de gestão de riscos e os seus procedimentos em vigor de forma a dar resposta aos mesmos.

Não obstante os desafios inerentes,  a EY diz que a implementação destas medidas que são obrigatórias, vão permitir haver oportunidades para as instituições financeiras darem um passo à frente e alinharem de forma mais conclusiva com as melhores práticas do mercado.

Sim, “no final do dia acreditamos que vai ser possível melhorar muito a experiência do utilizador (cliente) porque de facto a minimização de riscos de fraudes e maximização do que é a eficiência no processamento de transações e no processo de diligência que é feito  por cada instituição sobre os seus clientes , de facto vai sofrer melhorias substanciais e funcionar de forma mais transparente e eficiente”, explicou Gonçalo Arroja, Manager do sector financeiro da EY.

A implementação destes avisos na sua efectividade é a partir  dos finais deste mês de Setembro. As instituições financeiras já correm com um conjunto de processos e procedimentos que visam assegurar o comprimento destas novas diretrizes.

Segundo Arroja, ao nível financeiro, as empresas terão de investir na alocação de recursos no sentido de desenvolver as capacidades necessárias para o cumprimento com os dois avisos.

Contundo, “no médio e longo prazo há também um possível benefício que é obviamente resultante da maior eficiência no tratamento de transações de clientes, e na identificação de todo que é processos de prevenção de branqueamentos de capitais (…) todos esses processos quando assentes em dados biométricos podem ser mais automatizados, assente-se em ferramentas digitais e poderão ser capitalizados numa maior eficiência ou seja, poupança de custos por parte das instituições financeiras”, referiu.

A fonte disse ainda que estes avisos, sobretudo a introdução de biometria como mecanismo de identificação de clientes, vai permitir tornar o sector financeiro um pouco mais transparente e mais eficiente.

“Desta forma até o aumento na transparência vai de facto permitir minimizar o risco de branqueamento decapitais no país por via do sector financeiro”, disse, esclarecendo a seguir que “quando temos de um sistema de identificação de clientes que se encontram focados ou baseado em dados biométricos, conseguimos de forma mais transparente, mais eficiente e mais completa, garantir que de facto os deveres de identificação de clientes são respeitados na sua integralidade, tal como é exigido por aviso  número 10/2024.

O responsável falava há dias durante um evento sobre o impacto dos avisos do Banco de Mocambique nas instituições financeiras. O evento foi organizado pela EY e contou com a presença de gestores de instituições financeiras.

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