O ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, adverte que viagens gratuitas devem ser inibidas porque não compensam financeiramente e enfraquecem a sustentabilidade das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM).
Falando esta terça-feira (09), em Maputo, na sessão parlamentar de perguntas ao Governo, Matlombe afirmou que o não pagamento das passagens aéreas compromete os actuais esforços de reestruturação da companhia aérea pública.
“Não podemos esperar resultados diferentes, mantendo práticas do passado. Não existem milagres. A recuperação da nossa companhia de bandeira depende do compromisso e da responsabilidade colectiva”, disse o governante.
Matlombe respondia a pergunta da bancada parlamentar do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), o terceiro partido da oposição, que exige saber sobre a reestruturação da LAM, incluindo a partilha do contrato de gestão assinado com a “Fly Morden Ark”, e os mecanismos de responsabilização.
A bancada do MDM questionou também sobre a responsabilidade pelas perdas registadas pela empresa, bem como dos estudos técnicos e financeiros que recomendam a entrada de três empresas públicas, nomeadamente, a Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB); Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), e a Empresa Moçambicana de Seguros (EMOSE), no capital social da LAM.
Citado pela AIM, o ministro explicou que, no ano passado, a LAM registou prejuízos calculados em 35,65 milhões de dólares, e em 2023 a factura foi de 62,15 milhões de dólares, em 2022, os danos financeiros foram de cerca de sete milhões de dólares, e em 2021, o equivalente a 22,11 milhões de dólares.
A sessão de informações ao Governo continua hoje, quinta-feira (10).
(Foto DR)
Deixe uma resposta