Nos últimos anos, a província de Inhambane teve registo de mais de 800 casos de uniões prematuras, indica um estudo realizado por consultor naquela província do Sul.
Os distritos de Funhalouro, Govuro e Jangamo foram apresentados como os que apresentam o maior número de casos de uniões prematuras, de acordo com o mesmo estudo.
A informação foi avançada ontem, pela directora provincial de Género, Criança e Acção Social em Inhambane, Dulia David no âmbito do lançamento do Plano Estratégico de Prevenção e Combate às Uniões Prematuras, orçado em mais de 30 milhões de meticais, segundo a Radio Moçambique.
O plano será implementado ao longo dos próximos 10 anos e tem como orçamento indicativo pouco mais de 33 milhões de meticais. Dulia David referiu que o objectivo do plano é a erradicação de uniões prematuras nos próximos 10 anos.
“Nós achamos que um dos aspectos fundamentais para que este mal se acabe é a coordenação intersectorial, com organizações governamentais, organizações não-governamentais, parceiros que actuam nesta componente, autoridades comunitárias sobretudo têm um papel fundamental, e também as famílias porque é onde ocorrem estas práticas”, disse citado pela Rádio Moçambique.
Segundo a fonte, uma das grandes acções será “potenciar esta coordenação de casos de raparigas em uniões prematuras com a família directa desta rapariga e com o violador, obviamente, para que esta rapariga retorne à família”.
A directora provincial de Género, Criança e Acção Social de Inhambane salientou ser um trabalho que está a acontecer e continuará acontecendo para que, até 2034, todas as raparigas que estão nesta situação possam ser resgatadas.
Dados indicam que pelo menos 2.259 vítimas de uniões prematuras foram recuperadas e retornaram às suas famílias, desde 2020 até Dezembro de 2023, em todo o território moçambicano.
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