Indústria extractiva terá o maior contributo para o PIB nacional este ano

O crescimento da actividade económica em Moçambique deverá situar-se em 5% de acordo com as previsões do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE), que antevê o maior desempenho a partir da Indústria Extractivas.

A previsão de crescimento do PESOE “será sustentado pelo desempenho positivo da indústria extractiva, com 23.1%”, refere o Ministério da Economia e Finanças (MEF) que, apontando dados do Instituto Nacional de Estáticas (INE), avança um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) na ordem de 4.42% no primeiro semestre de 2023, contra 4.37% do período homólogo de 2022.

As informações constam do Balanço do PESOE para os primeiros seis meses do ano, divulgado esta semana pelo MEF.

O desempenho das extractivas para 2023 “terá como suporte o aumento da produção de rubi, carvão, areias pesadas (ilmenite, zircão e rutilo), gás natural e de materiais de construção”, lê-se no documento.

Até ao momento, o sector extractivo registou uma taxa de realização de 55% em relação ao plano anual, apesar da queda em 0.7% em relação a igual período de 2022. E, este resultado comparativo foi influenciado pelas oscilações das tendências dos preços do carvão mineral – com maior peso na estrutura global (54%) – no mercado internacional; chuvas e ciclone ‘Freddy’; paralisação de actividades em algumas mineradoras, com maior peso para as de rubi e ouro; e fraco desempenho da maior produtora de rubi, devido ao ataque terrorista às suas instalações e Outubro de 2022.

Os outros sectores com um contributo significativo para a o PESOE são: a saúde e acção social (8.7%), agricultura (5.2%), construção (5.0%), administração pública, defesa e segurança social (3.8%), educação (3.5%), transportes e comunicações (3.2%), indústria transformadora e pescas, ambas com (2.5%).

 

De acordo com o documento, os resultados do primeiro semestre são atribuídos, primeiramente, ao sector primário que cresceu em 8.98%, destacando-se a Indústria de Extração Mineira com uma variação de 42.71%, seguido pelo ramo da Agricultura, Pecuária, Caça, Silvicultura, Exploração florestal com cerca de 3.11%;

Em seguida o sector terciário, que registou uma variação de 4.24%, com destaque para o ramo de Transportes, Armazenagem e Actividades auxiliares dos transportes e Informação e Comunicações com variação de 6.85%, seguido pelo ramo de Hotelaria e Restauração com variação de 5.51%. O ramo dos Serviços financeiros teve uma variação de 3.40%.

Por último, o terciário, onde se notou uma variação negativa de menos 6.52%, induzido pelo ramo da Construção com variação negativa de menos 10.43%, seguido pelo ramo da Indústria Manufactureira com variação de menos 7.72% e por último, temos o ramo da Electricidade, Gás e Distribuição de Água com variação também negativa de menos 0.18%.

 

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