O Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM) garantiu há dias que que caso a Tmcel demonstre sinais de dificuldades extremas que possam colocar em causa o seu funcionamento, o governo, através do Ministério dos Transportes e Comunicações, ira encontrar mecanismos concretos e imediatos para assegurar que a empresa continue a operar.
Falando numa conferência de imprensa, o presidente do conselho de administração, Tuaha Mote, não entrou em detalhes quanto às acções a serem levadas a cabo para salvar a empresa, mas referiu que tal passa por reformas que tenham como foco a necessidade de garantir eficiência e geração de lucros.
“Do lado do regulador vamos tomar medidas facilitadoras para que volte a operar sem muitos custos. As autoridades competentes vão anunciar, em momento oportuno, outras medidas concretas”, disse o dirigente do INCM.
De referir que a Tmcel encontra-se mergulhada numa profunda crise em parte devido a uma divida que alguns empresas do Estado têm para com a operadora. O dinheiro em dívida, caso fluísse regularmente no caixa, serviria para ajudar a empresa a refazer-se e a corrigir as dificuldades que, neste momento, enfrenta.
São cerca de mil milhões de meticais que várias instituições do governo estão a dever à empresa, deixando o fluxo de caixa em situação negativa, o que impede qualquer criatividade de gestão sustentável.
Na lista dos maiores devedores estão entidades como os Serviços de Informação e Segurança do Estado, a Autoridade Tributária de Moçambique, o Instituto Nacional do Governo Electrónico.
Os níveis de investimento necessários e que foram prometidos pelo próprio governo no sentido de reanimar a empresa, ascendem os 500 milhões de dólares.
A Tmcel falou de necessidades urgentes de investimentos na ordem de 350 milhões de dólares, valores que a empresa continua a receber no âmbito das promessas governamentais.
Falando aos órgãos de comunicação social, Tuaha Mote assume que caso a Tmcel venha a fechar as portas, será um mau sinal para o sector das telecomunicações no geral e comprometeria a estabilidade na área das telecomunicações. Assim, avançou o responsável, o Estado e o governo estão a desdobrar-se numa série de acções para evitar uma real falência da Tmcel.
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