O Instituto Nacional de Transportes Rodoviários (INATRO) pretende reassumir o controle total da impressão de cartas de condução biométricas, depois do diferendo com a Brithol Michcoma.

Com isso, o contrato rubricado com a empresa alemã Muhlbauer High Tech Internacional – responsável pela impressão de bilhetes de identidade biométricos – permite que o INATRO faça o acompanhamento integral do processo de impressão de cartas de condução.

O INATRO comprou duas máquinas de impressão à Muhlbauer, cabendo a esta a montagem, manutenção e assistência técnica, avança o jornal “O País”.

As máquinas de impressão têm capacidade para produzir cerca de 9.800 cartas de condução por mês, muito acima da demanda que varia entre três mil e cinco mil por mês.

Recorrendo à experiência anterior da instituição nesse processo, o chefe do departamento de projectos do INATRO, Napoleão Sumbane disse existirem técnicos capacitados para imprimir cartas de condução.

“As máquinas montadas na fábrica, dentro das nossas instalações, são operadas pelos nossos técnicos com assistência da operadora. Isto é, eles estão a transmitir os conhecimentos aos nossos técnicos para que a nossa instituição tenha capacidade de controlar toda a cadeia e no futuro seja o Estado moçambicano a controlar todo o processo”, explicou.

A reimpressão de novas cartas de condução biométricas remodeladas iniciou a 11 de Julho passado já com a nova provedora dos documentos.

“A nova carta de condução apresenta características visuais diferentes, nomeadamente, a cor e a disposição da identificação do condutor, além do aumento dispositivos de segurança de 13 para 24. Os aspectos mais visíveis a olho nu são o nome do proprietário da carta por cima da fotografia, o código de barras que, na carta anterior, estava no verso e, na nova, aparece na parte frontal. Também introduzimos o nome da instituição reguladora (INATRO) e colocamos um relevo diferenciado no número do Bilhete de Identidade, sendo que o utente pode sentir a numeração através do tacto”, explicou Sumbane.

O INATRO reduziu a validade da carta provisória de três meses para 30 dias e garante ter capacidade para responder à possíveis pressões.