A violação do período de veda e de defeso no sector pesqueiro continua a preocupar as autoridades. Com efeito, de 15 de Novembro do ano passado a 14 de Março deste foram apreendidas mais de oito toneladas de pescado diverso, uma cifra que apesar de ser inferior à do período anterior levanta inquietação sobre o cumprimento da restrição.

Segundo o director da Divisão de Fiscalização no Instituto Nacional do Mar (INAMAR), César Nhampossa, das apreensões realizadas neste período aplicaram-se multas no valor de 1,5 milhões de meticais a diferentes actores, com destaque para comerciantes.

Ao todo foram apreendidas cerca de seis toneladas de peixe, 1,5 toneladas de camarão e 500 quilogramas de caranguejo, para além de várias artes de pesca proibidas.

Comparativamente ao período de veda anterior neste último houve menos apreensões e multas. Em 2024 foram apreendidas 18 toneladas e aplicadas sanções que ascenderam a cinco milhões de meticais e neste ano a redução das violações foi consequência da intensificação da fiscalização e envolvimento dos conselhos comunitários de pesca.

Citado pelo jornal Notícias, a fonte realçou que o maior número de infracções foi registado nas províncias da Zambézia, concretamente nos distritos de Pebane, Quelimane e Chinde, e em Sofala – Ampara, Muaza e cidade da Beira.

A avaliação ocorre numa altura em que os pescadores pedem a redução do período de veda, argumentando que o mesmo prejudica a sua subsistência. No entanto, as autoridades marítimas explicam que a interdição temporária não significa banimento total da pesca, mas restrição do uso de artes de pesca nocivas que perigam a vida e a reprodução e desenvolvimento do pescado.

(Foto DR)