As demonstrações financeiras da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), referentes ao exercício do ano de 2021, revelaram um prejuízo de 21 mil milhões de meticais.

Esse montante em falta nas contas da empresa derivam da falta de pagamentos de alguns clientes, entre os quais a Electricidade de Moçambique (EDM) com uma dívida de 16 mil milhões de meticais. Em 2020 a dívida da EDM à HCB foi de 12 mil milhões de meticais.

Outra empresa que está em falta de com a HCB é a empresa zimbabueana de electricidade, ZEZA. Esta devia 2.6 mil milhões de meticais até 31 de Dezembro de 2021, e 5.6 mil milhões em 2020.

A África do Sul, através da sua empresa de electricidade ESKOM, também lesou as contas da HCB em 2021, com uma dívida avaliada em dois mil milhões de meticais, contra 2.2 mil milhões de meticais registados em 2020.

A Bolsa Regional de Energia (SAAP) também contribuiu em 2021 para manchar as contas da HCB, com uma dívida avaliada em 136.9 milhões de meticais, contra 150 milhões registados em 2020.

Com as dívidas dos clientes, a HCB acumulou imparidade avaliada em 6.8 mil milhões de meticais contra 8.7 milhões de meticais registados em 2020.

A empresa produziu 14.990 GWh de energia, quantidade que representa cerca de 2% negativos se comparada com a produção de 2020.

Os activos totais da HCB cresceram de 75 mil milhões de meticais em 2020, para 79.8 mil milhões de meticais em 2021. O passivo da empresa reduziu de 4.6 mil milhões de meticais em 2020, para 2.2 mil milhões de meticais em 2021. O capital próprio situou-se, no último balanço, em 77.6 mil milhões de meticais, contra 70 mil milhões de meticais no ano passado.

Com a produção, transporte e comercialização de energia eléctrica, a HCB facturou no ano passado cerca de dez mil milhões de meticais contra 9.5 6 mil milhões de meticais registados no ano anterior.