O Governo moçambicano vai ao parlamento na quarta-feira e quinta-feira responder a questões dos deputados sobre as intervenções nas empresas estatais Linhas Aéreas de Moçambique e Tmcel, bem como sobre a situação financeira do Banco de Moçambique.
Os temas constam das perguntas dirigidas ao executivo pelas três bancadas da Assembleia da República, para a reunião em hemiciclo dos próximos dois dias.
O grupo parlamentar da Frelimo, partido no poder e com a maioria de assentos, pretende conhecer “o alcance das intervenções recentemente realizadas nas empresas públicas Tmcel [telecomunicações] e Linhas Aéreas de Moçambique e os ganhos que se esperam”.
A bancada maioritária quer ainda obter informações sobre a capacidade da empresa sul-africana contratada para apoiar a gestão da transportadora de bandeira moçambicana.
A Frelimo espera ainda que o executivo se pronuncie sobre o atual estado de desenvolvimento económico e social do país, com foco nas estradas e saúde.
Por seu turno, a bancada da Renamo, principal partido da oposição, vai questionar o Governo sobre a sustentabilidade do sector empresarial do Estado e a posição do executivo face ao que considera serem “contas não fiáveis, supervisão promíscua, incompetente e arbitrária” do Banco de Moçambique.
O principal partido da oposição questiona igualmente o executivo sobre o combate à onda de raptos que há alguns anos atinge algumas cidades moçambicanas e sobre a gestão dos fundos destinados ao setor agrário.
O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido, também vai dirigir ao executivo questões sobre a situação da transportadora aérea nacional e quer conhecer “as reais razões por detrás do negócio nebuloso das Linhas Aéreas de Moçambique”, numa alusão à entrada na gestão da empresa de uma entidade estrangeira.
O MDM também pretende que o Governo dê informações sobre “as ações para minimizar os preços de bens como água, energia, transportes públicos e produtos de primeira necessidade” face à vaga inflacionista global.
As intervenções visando a reconstrução de infraestruturas de educação, saúde e rodovias afetadas pelas calamidades naturais, bem como para a correção dos “gravíssimos erros e distribuição deficiente do livro escolar” fazem parte igualmente do rol de matérias da terceira bancada parlamentar. (Lusa)
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