O candidato presidencial do PODEMOS, Venâncio Mondlane, acusou esta tarde, o Governo moçambicano de ter orquestrado a fuga de 1534 reclusos da cadeia de máxima segurança, vulgo BO, em Maputo.

Segundo Venâncio Mondlane, o Executivo moçambicano já sabia do plano de fuga dos reclusos, por isso, “eles (reclusos) não traziam uniformes da cadeia durante a fuga”. “Isso torna claro que houve algum plano para libertar os cadastrados para estes cometerem crimes. Tudo foi propositado”, disse o candidato presidencial do PODEMOS, frisando que os presos foram retirados da cadeia para depois serem executados.

Falando a partir da sua conta social Facebook, Mondlane diz não ter dúvida de que o plano tenha sido orquestrado pelo Comandante-Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) e Presidente da República. “Foi uma manipulação liderada pelo Bernardino Rafael e Filipe Nyusi que visa, essencialmente desviar o foco das manifestações”, acrescentou.

“Este, é um crime contra os direitos humanos. E deve ser conduzido ao Tribunal Penal Internacional (TPI)”, assinalou.

Assaltos nos armazéns

Para Mondlane, quem está a arrombar os armazéns e outros estabelecimentos comerciais são os homens da polícia que vão preparados para a vandalização e depois dizem à população apoderar-se dos bens por forma a desviá-lo do foco das manifestações.

“Tudo isso é para nos desviar do nosso foco. Nosso objectivo é chegar à Ponta Vermelha. O nosso foco é a verdade eleitoral, são os inimigos do povo moçambicano”, atirou Mondlane.

Mas adiante, a fonte reiterou que os protestos vão continuar, apelando para que não se perca o foco. “As nossas manifestações vão continuar e vão se intensificar, mas não nos desviemos do nosso foco”.

(Foto DR)