Moçambique lançou esta segunda-feira (24), em Maputo, a Plataforma Integrada para Monitoria de Impacto Situacional (PRISM) que visa efectuar análises de eventos climáticos, meteorológicos ao longo do País em tempo real.
A plataforma também visa reduzir as barreiras para aceder à informação climática do país, tendo em conta que é gratuita. A mesma está disponível 24 horas e as pessoas poderão ter acesso à informação do clima, vulnerabilidade do local, à semelhança do que acontece nos outros países.
Na ocasião, a secretária permanente do Ministério das Comunicações e da Transformação Digital, Nilza Miquidade, que dirigiu o evento, explicou que “a PRISM permite a monitoria de choques climáticos online para posterior análise e tomada de decisões em acções de redução de risco”.
Moçambique é vítima de eventos climáticos extremos que, nos últimos anos, são cada mais frequentes e de maior intensidade.
Actualmente, o Instituto Nacional de Meteorologia (INAM) enfrenta desafios para aceder a informação climática ou meteorológica em tempo real que permitem fazer intervenções nos locais onde estão a decorrer desastres.
Citada pela AIM, Nilza Miquidade explicou que durante o ano 2024 os oceanos continuaram a aquecer, o nível do mar subiu e os glaciares continuam a derreter a um ritmo alarmante.
“Os glaciares continuam a recuar e o gelo marinho de Antárctida atingiu a segunda extensão mais baixa alguma vez registada, aliada ao facto de as condições meteorológicas extremas continuarem a ter consequências devastadoras em todo mundo”, disse a governante.
Por sua vez, a coordenadora residente da Nações Unidas, Caterine Souz, informou que nos últimos anos Moçambique foi atingido por eventos climáticos e meteorológicos extremos , ciclones ,inundações, a seca induzida pelo fenómeno El Nino e chuvas irregulares.
“Esses eventos estão acontecer em ciclos cada vez mais curtos, exacerbado as necessidades humanitárias, aumentando os riscos de protecção, eliminando os ganhos de desenvolvimento duramente conquistados”, disse a responsável.
Já para o director geral do Instituto Nacional de Meteorologia (INAM), Adérito Aramuge, manifestou o seu apreço a cooperação com os seus parceiros internacionais no sentido de mitigar os eventos climáticos extremos e, deste modo, mitigar o seu impacto nas pessoas e infra-estruturas.
“Os nossos compromissos são extensivos aos nossos parceiros internacionais, Reino Unido, Finlândia, África do Sul e da Zâmbia, aqui presentes que estão em Moçambique na implementação das actividades que apoiam esta iniciativa de aviso prévio que hoje somos chamados a estarmos juntos para fechar a lacuna que existe dentro do sistema de aviso prévio”, assinalou a fonte.
(Foto DR)
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