O governo está a realizar um censo com vista a produzir dados fiáveis sobre áreas onde ocorrem minérios em quantidades não industriais, com vista a conter a mineração ilegal.
A informação foi divulgada pelo director nacional de Minas, Adriano Sênvano, que afirmou que anualmente o Estado perde milhões de meticais decorrente da venda e exportação ilegal de minérios.
Segundo ele, desde o início do censo mineiro até a data, foram inquiridas cerca de 39 mil pessoas envolvidas na actividade de mineração artesanal.
“Dos inquiridos, pouco mais de 35 mil são, realmente, mineradores artesanais. Não inquirimos apenas os próprios mineradores artesanais, mas também os comerciantes e elementos das comunidades, onde ocorrem os tais minérios, porque geralmente todos estão envolvidos e precisamos de ter todos estes dados para o nosso sector poder melhor se organizar” – referiu a fonte.
O censo decorre já na sua terceira fase, de acordo com o nosso interlocutor. A primeira foi realizada nas províncias de Nampula e nas da zona sul, nomeadamente Maputo, Gaza e Inhambane. Já a segunda foi feita nas províncias da zona centro (Sofala, Manica, Tete e Zambézia).
O director geral de Minas falava recentemente na sede do posto administrativo de Mesa, no distrito de Ancuabe, província de Cabo Delgado, no quadro da monitoria do censo mineiro.
Em Mesa, de acordo com a fonte, há proliferação de mineiros artesanais, vulgo garimpeiros, que extraem granada, um minério que abunda naquele ponto de Cabo Delgado.
“Nessas áreas, o Governo irá atribuir senhas mineiras, que são documentos que habilitam as comunidades a desenvolver actividades de exploração artesanal, de forma segura, para as suas rendas”, afirmou.