Governo e sector privado buscam estratégias para recuperação económica após a crise eleitoral

Governo e sector privado buscam estratégias para recuperação económica após a crise eleitoral

O Governo moçambicano, através do Ministério da Economia e a Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), a maior entidade patronal no País, estão a trabalhar no sentido de juntar esforços na definição de medidas estruturais a serem implementadas a curto, médio e longo prazos pelas Pequenas e Médias Empresas (PMEs) para a recuperação da economia nacional.

A iniciativa surge num contexto de incertezas e insatisfação por parte dos investidores, decorrentes dos últimos eventos das manifestações violentas ocorridas durante os últimos quatro meses.

Num encontro realizado nesta segunda-feira (10), o director nacional do Comércio Externo, Claire Zimba, referiu que “o Ministério da Economia, como o ponto focal do Governo junto ao sector privado, através da CTA, vão estabelecer mecanismos de interacção, centrado numa análise mais pragmática sobre medidas estruturais a curto, médio e longo prazos do processo da nossa transformação económica, voltada para a recuperação da nossa economia, sobretudo nas zonas mais afectadas, a Cidade e Província de Maputo”.

“A interacção com a CTA, inclusiva, alargada e regular, vão merecer especial atenção, aspectos técnicos e políticos a nível das nossas direcções, para que haja respostas concretas e sinais positivos do esforço conjunto de modo a que voltemos à normalidade após os prejuízos do impacto das manifestações no período pós-eleitoral”, acrescentou Claire Zimba.

Através deste mecanismo, será também, segundo a fonte, crucial a mobilização de mais parceiros para a definição de uma agenda com vista à melhoria do ambiente de negócios. Para tal, “é necessária a geração de empregos para que o sector produtivo faça o seu papel e contribua para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB)”.

“Devemos recuperar a imagem do país, como um destino de referência para a componente do turismo”, frisou.

Relativamente ao financiamento destinado às PMEs, principal preocupação dos empresários que viram os seus estabelecimentos comerciais destruídos e saqueados, disse não fazer sentido a esta altura falar de valores exactos, “porque está em curso um processo de levantamento mais exaustivo”. “O tema de impacto não é apenas quantitativo, transcende o que vimos, sendo por isso transversal, por isso é importante o diálogo com o sector privado”.

Por seu turno, o presidente do pelouro do sector de Comunicação e Informação da CTA, Paulo Oliveira, referiu, citado pela AIM, que a economia é incapaz de se desenvolver sem a geração de empregos para a população.

“O sector privado é um passo muito gigante para que possamos ver o nosso futuro mais risonho e auguramos algo de bom, um mecanismo de recuperação da nossa economia, bastante afectada pelas manifestações violentas”, disse Oliveira.

 

(Foto DR)

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