A retoma da TotalEnergies no projecto de exploração do gás natural liquefeito em Cabo Delgado, vai depender muito do restabelecimento dos acordos de financiamento com algumas instituições financeiras.
Entretanto, de acordo com o líder da multinacional, Patrick Pouyanné, que falava durante a apresentação dos resultados anuais de 2023, no mês passado, o feito pode acontecer brevemente.
“A última questão é o financiamento deste mega-projecto, que, eu diria, foi suspenso em 2021. Então, agora, estamos no processo de reengajamento com todas as instituições financeiras envolvidas em todo o mundo. Quando isso estiver concluído, reiniciaremos o projecto”, disse Patrick Pouyanné, CEO da TotalEnergies.
Um outro ponto que preocupa o responsável número um da multinacional tende a ver com a estabilidade em Afungi. Segundo o líder, a ideia da retoma foi impulsionada por uma série de factores, incluindo o compromisso contínuo do Governo moçambicano em restaurar a segurança na área.
“Estamos a monitorizar permanentemente a situação no terreno. Como sabem, o Estado moçambicano está a receber apoio de outro Estado africano, nomeadamente o Ruanda, para manter o controlo da situação. O mais importante para nós é que a população civil regressou à região e a vida voltou ao normal”, avançou.
A multinacional espera retomar alguns trabalhos de engenharia no meio de ano, mas antes Pouyanné quer estar seguro de que a retoma dos trabalhos seja permanente.
“Estamos a acompanhar de perto a situação. Novamente, o que quero evitar a todo o custo é decidir trazer as pessoas de volta ao local e, depois, retirá-las novamente. Essa seria uma situação muito complexa de lidar”, revela o CEO da TotalEnergies.
Deixe uma resposta