A multinacional energética portuguesa Galp, que concluiu recentemente o desinvestimento da Área 4, na bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, diz que a decisão faz parte da sua estratégia focar-se em projectos de alto retorno, baixo custo e baixa intensidade de carbono.
Segundo o CEO da Galp, Filipe Silva, que à Energy Connects, uma plataforma de informação sobre o sector energético, a importância das decisões daquela multinacional, contribuiu para o aumento de 16% no lucro líquido do 2.º trimestre de 2024 em meio a preços mais elevados do petróleo e custos de produção mais baixos.
“Estas acções permitem-nos cristalizar valor, reduzir o risco e focar em projectos de maior retorno alinhados com a estratégia da Galp. Continuar a reduzir o risco e a crescer o nosso upstream a partir de projectos de baixos custo e baixa intensidade de carbono, ao mesmo tempo em que transformamos nossas posições integradas de médio e downstream”, frisou Filipe Silva, citado pela AIM.
A Galp concluiu também a venda dos seus activos upstream em Angola, medida igualmente alinhada com a estratégia da Galp de focar em projectos de alto retorno.
Como resultado das decisões estratégicas, a multinacional energética portuguesa anunciou um aumento homólogo de 16% no lucro líquido para o segundo trimestre de 2024, impulsionado pelos preços mais elevados do petróleo e pela redução dos custos de produção.
Refira-se que a Galp anunciou um acordo para a venda da sua posição nos projectos de exploração de gás em Moçambique. Estes activos incluem o campo de gás natural liquefeito Coral Sul em operação desde 2022, bem como os projectos Coral Norte e Rovuma LNG que deveriam receber luz verde para entrada em produção nos próximos dois anos.
A participação de 10% da Galp nos projectos de Moçambique da área 4 foi vendida à ADNOC, empresa nacional de petróleo de Abu Dhabi.
Em Moçambique, a Galp mantém a presença nas actividades de downstream, nomeadamente na área da distribuição de combustíveis.
(Foto DR)
Deixe uma resposta