G20 mobiliza 100 mil milhões de dólares do FMI para África

No global são cerca de 100 mil milhões de dólares que os países do G20 se comprometeram a canalizar para os países africanos de modo a enfrentar a crise causada pela pandemia da Covid-19.

“Congratulamo-nos com as recentes promessas de doações no valor de cerca de 45.000 milhões de dólares como um passo no sentido do objectivo global total de 100 mil milhões de dólares de contribuições voluntárias para os países mais necessitados”, afirmam os líderes das maiores economias do mundo no projecto de comunicado final da cimeira do G20, citado pela agência France-Presse.

Os direitos especiais de saque (um instrumento monetário internacional, criado pelo FMI em 1969 para completar as reservas oficiais dos países membros) são distribuídos de acordo com a quota parte de cada país no FMI, ou seja, o valor mais elevado vai para os países mais ricos. Desta forma, África beneficiaria apenas de 34 mil milhões de dólares, o que levou alguns países desenvolvidos a propor a reversão da sua parte às nações mais vulneráveis.

Os países do G20, que até agora nunca tinham chegado a acordo sobre um montante a canalizar para os países em desenvolvimento, seguem assim os passos dos dirigentes do G7, que já tinham fixado como meta a redistribuição de um total de 100 mil milhões de dólares, em particular para o continente africano.

Assim, o Canadá distribuirá aos países em vias de desenvolvimento 20% dos seus direitos de saque especiais emitidos pelo FMI para apoiar a recuperação económica pós-covid, anunciou a ministra das Finanças, Chrystia Freeland, durante a cimeira em Roma.

Sabe-se que a França também já se havia comprometido a “redirecionar 20% da verba recebida do FMI para o continente africano”, segundo o anúncio feito pelo presidente Emmanuel Macron.

“Se todas as grandes potências fizerem como a França, atingiremos o objetivo de redistribuir 100 mil milhões de dólares para África”, terá declarado na altura o presidente francês.

Fonte Lusa

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