A crise provocada pela guerra russa ucraniana está a provocar a escassez de donativos para os países africanos. Para contornar a situação, a Fundação Bill & Melinda Gates prometeu, esta quinta-feira, ajudar a África com sete mil milhões ao longo de quatro anos.
O valor é superior à ajuda da Fundação nos quatro anos anteriores. Essa ajuda destina-se a projectos de combate à fome, doença, pobreza e desigualdade de género. A Nigéria será o maior beneficiário por ser o país mais populoso do continente.
Grupos humanitários em África estão a lutar com o desvio de fundos para a Ucrânia, e à medida que a invasão da Rússia aumenta os preços dos bens a nível mundial, com impacto nas operações de ajuda.
“Os orçamentos europeus são profundamente afectados pela guerra da Ucrânia e por isso, neste momento, a tendência para a ajuda não é subir”, disse, Bill Gates, o bilionário co-fundador da Microsoft Corp, em Nairobi durante uma visita ao Quénia.
“Se levarmos toda a ajuda (para África), incluindo toda a ajuda climática – teremos alguns anos em que ela provavelmente irá descer”.
O Quénia e grande parte da África Oriental está a sofrer a sua pior seca em quatro décadas. Na região, a seca, a pandemia e o conflito russo-ucraniano colocaram mais de 10 milhões de pessoas “à beira de uma crise da fome”, segundo a World Vision, nos EUA. As expectativas das Nações Unidas são de a Somália declarar fome este ano em algumas zonas do país.
Após uma reunião com o presidente queniano William Ruto, Gates disse na quarta-feira que a Fundação iria estabelecer um escritório regional em Nairobi.
“A nossa fundação continuará a apoiar soluções nas áreas da saúde, agricultura, e outras áreas críticas – e os sistemas para os tirar dos laboratórios e para as pessoas que deles necessitam”, disse Gates
A Fundação em 2021 ofereceu um apoio caritativo de 6,7 mil milhões de dólares e na semana passada prometeu 1,4 mil milhões de dólares para ajudar os pequenos agricultores do mundo a lidar com as alterações climáticas. (Foxnews)
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