Um grupo liderado pela TotalEnergies irá provavelmente retomar o trabalho num projecto de gás natural liquefeito em Moçambique no início deste ano, escreve a agência de notícias Bloomberg citando o Fundo Monetário Internacional, FMI.
“As condições de segurança no norte continuam a melhorar e o grande projeto de GNL que foi interrompido em Abril de 2021 deverá ser reiniciado no início de 2024”, afirmou o FMI num relatório publicado na terça-feira.
A retoma do projecto pode ser crucial para ajudar Moçambique a evitar ter de reestruturar uma euro-obrigação de 900 milhões de dólares, cujo pagamento o governo deverá iniciar em 2028. O FMI prevê que a produção comece em 2027, de acordo com o relatório.
Pelas próprias previsões da TotalEnergies, isso poderia ser otimista: a empresa disse no ano passado que a produção começaria quatro anos após a retomada do projecto.
Um projecto ainda maior de exportação de GNL que a ExxonMobil planeja próximo à fábrica da TotalEnergies começará a ser comercializado em 2029, de acordo com o credor com sede em Washington, ainda citado pela Bloomberg.
Entretanto, o Estado Islâmico tem estado a reivindicar uma série de ataques menores no final de Dezembro e no início deste ano, visando principalmente civis.
Como resultado, mais de 1.800 pessoas fugiram das suas casas, de acordo com uma declaração de 12 de Janeiro do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários.
O FMI alertou que as condições sociais continuam frágeis, apesar de a segurança ter melhorado.
“Embora a insegurança alimentar afecte cerca de 10% da população, os programas de assistência humanitária (como o Programa Alimentar Mundial) estão a lutar para obter financiamento”, afirmou. “A manutenção da paz e da estabilidade na região depende vitalmente da assistência humanitária.
Deixe uma resposta