Um funcionário do Conselho Municipal da Beira, afecto no sector de fiscalização de obras, foi detido em flagrante delito pela Polícia da República de Moçambique (PRM) indiciado de corrupção.
Segundo a PRM, em Sofala, o indiciado foi detido em flagrante delito quando tentava extorquir um valor de 120 mil meticais a um indivíduo de nacionalidade chinesa, como forma de anular uma multa no valor de 550 mil meticais por falta de documentação legal para construção de infra-estruturas no território municipal.
O chefe de departamento de Relações públicas no Comando Provincial da PRM em Sofala, Roberto Selemane, fez saber que a detenção do indiciado foi graças a colaboração do dono da obra, que se apercebeu de algumas irregularidades no processo de cobrança da referida e que de imediato contactou a polícia, que se deslocou ao local onde seria feito o pagamento do valor.
“O pagamento era ilícito, porque estes pagamentos devem ser feitos no município. O funcionário coagiu o responsável da obra a pagar aquele valor, como forma de anular a multa pela infração. Há, portanto, matéria para a responsabilização do funcionário em causa”, disse Roberto Selemane, citado pelo jornal Notícias.
Entretanto, o indiciado apesar do flagrante, refuta todas as responsabilidades que lhe são imputadas, com alegações de uma pretensa “armadilha” para o incriminar, movida pessoas de má fé que o querem prejudicar.
“Não sei em que circunstâncias estou preso. Eu não tinha nenhum dinheiro na mão, o dinheiro a que se referem só vi na mesa da polícia, e depois foi devolvido ao chinês. É um ‘complot’ para me prejudicarem”, refutou.
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