O primeiro embaixador de Moçambique nos Estados Unidos da América (EUA), Valeriano Ferrão, perdeu a vida este domingo, em Maputo, vítima de doença, avançou a Rádio Moçambique citando fonte familiar.
O antigo embaixador e combatente da luta de libertação nacional “encontrava-se internado em uma da clínica da cidade de Maputo”, devido a uma doença.
Quase antevendo este drama, no livro “Embaixador nos USA”, publicado pela Ndjira, em Agosto de 2007, ele próprio escreveu: “Em breve vou completar 68 anos. Não devo durar muito mais, talvez mais uns cinco, no máximo dez. Eu vou morrer, é o destino de qualquer ser vivo. Basta ter nascido, é obrigatório morrer”.
Em 1963 exilou-se em Paris. Por lá trabalhou e esteve integrado em grupos compostos por portugueses que fugiram do serviço militar e por integrantes da FRELIMO, em contato com outros colegas em Argel e Dar-es-Salaam.
Em 1964 foi estudar engenharia na Suíça, em Neuchâtel. Em 1970 deslocou-se a Argel, Cairo e Dar-es-Salaam, cumprindo aí, num campo da FRELIMO, treino militar e assumindo o cargo de professor. Em 1983 foi nomeado Embaixador de Moçambique em Washington.
Valeriano Ferrão tornou-se embaixador na década de 80, quando o primeiro Presidente de Moçambique independente, Samora Moisés Machel, promoveu a abertura ao acidente. Na quela época o presidente norte americano era Ronald Reagan.
A comunidade política estrangeira considerou Valeriano um dos enviados africanos mais competente no exercício das suas funções.
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