O gigante tecnológico Facebook anunciou esta segunda-feira que vai alargar o cabo submarino em África com ligações directas a Angola, Nigéria, Seicheles e Comoros, procurando aumentar a rapidez da Internet no continente.
De acordo com portal Multi News, citando a agência de informação financeira Bloomberg, o Facebook, a empresa de telecomunicações chinesa China Mobile e o Grupo MTN vão construir um cabo submarino mais abrangente do que o inicialmente previsto, que se junta à ligação recentemente anunciada às Ilhas Canárias, trazendo uma ligação direta a 35 países em vez dos 26 inicialmente anunciados.
“O investimento significativo pelo Facebook no 2Africa tira partido de outros investimentos que fizemos no continente, incluindo investimentos em infraestruturas na África do Sul, Uganda, Nigéria e na República Democrática do Congo [RDCongo]”, de acordo com um comunicado da empresa, citado pela Bloomberg.
As tecnológicas Facebook e Alphabet, dona do Google, sustentam 80% dos investimentos mais recentes em ligações transatlânticas, procurando aproveitar o crescimento da procura por transferência rápida de dados que é usado em todos os segmentos, desde as consultas médicas até à transmissão de filmes ou troca de mensagens nas redes sociais.
Os investimentos nos últimos anos, que chegam a quase 1 bilião de dólares, surgem na sequência dos 20 mil milhões de dólares investidos pelas empresas telefónicas nas redes submarinas de fibra óptica na sequência da forte expansão das empresas tecnológicas nos anos 1990.
A produção dos primeiros segmentos desta infraestrutura subaquática já começou nos Estados Unidos da América, e vai incluir um cabo com 37 mil quilómetros para ligar África, Europa e o Médio Oriente.
A ligação 2Africa deverá estar operacional em 2024 e vai garantir mais do que toda a capacidade atual de todos os cabos que servem o continente africano, acrescenta-se no comunicado citado pela agência de informação financeira.