O Presidente do Botsuana, Mokgweetsi Masisi, ordenou, esta quarta-feira, o início de operações numa mina de carvão mineral que deverá produzir cerca de 1,4 milhões de toneladas por ano.
“O Botsuana deve aproveitar este momento oportuno que se nos apresentou, para explorar plenamente este recurso para alimentar os mercados emergentes e diversificados”, disse Masisi.
Desde já, a mineradora estatal Morupule Coal Mine (MCM) tem o compromisso de aumentar as exportações após o aumento da procura do combustível desde o início da guerra na Ucrânia.
Estima-se que o Botsuana tenha uma capacidade de carvão mineral na ordem de 212 mil milhões de toneladas. No entanto, a mineradora estatal foi a única a operar no país até 2019, quando a Minergy Ltd solicitou a exploração de uma nova mina, com capacidade anual de 1,2 milhões de toneladas.
Muitos países europeus e asiáticos estão a lutar por fontes alternativas de combustível, dada a crise energética global, e o Botsuana quer tornar-se um produtor chave de carvão, tendo já aumentado as exportações marítimas em 2022 através de Maputo e Walvis Bay.
A nova mina a céu aberto, que irá aumentar a produção da MCM em 50% para 4,2 milhões de toneladas por ano, faz parte da sua estratégia de abastecimento de vários mercados com um total acumulado de 7,6 milhões de toneladas de carvão por ano até 2027, aumentando por sua vez as receitas para 222,6 milhões de dólares, em relação aos mil milhões previstos para 2023.
A MCM produz actualmente 2,8 milhões de toneladas de carvão por ano a partir das suas operações de exploração subterrânea, alimentando duas centrais eléctricas estatais próximas e exportando para a África do Sul, Namíbia e Zimbabué.
A mina a céu aberto tem o potencial de fornecer carvão para centrais eléctricas durante mais de 30 anos.
A Minergy afirmou na semana passada que o seu volume total de vendas para o exercício financeiro terminado em Junho de 2022 aumentou em 40%, com vendas recorde alcançadas em Maio de 2022.
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