Os Estados Unidos da América (EUA) pediram à maioria dos países que mais consomem petróleo para liberarem as suas reservas a fim de reduzir os preços altos de energia, bem como a subida dos preços de combustíveis e outros produtos para o consumidor.
Esta solicitação do presidente norte-americano, Joe Biden, traduz a frustração dos EUA com membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+), que rejeitaram reiterados pedidos de Washington para acelerar os seus aumentos de produção.
“Estamos a enviar uma mensagem à OPEP de que ‘tem de mudar o seu comportamento”, disse uma das fontes citadas pela Reuters.
A China – onde os pedidos de Biden levaram a uma queda dos preços – disse estar a trabalhar para disponibilizar o crude.
No passado, os EUA e a OPEP+ chegaram a acordos para o desbloqueio das reservas estratégicas de petróleo. Mas a actual proposta representa um desafio sem precedentes para a OPEP, porque envolve a China, o maior importador do petróleo e que há mais de 50 anos influencia o preço.
“Estamos a rever minuciosamente o pedido dos EUA. Contudo, não desbloqueamos as reservas devido à subida dos preços do petróleo. Poderíamos libertar reservas em caso de desequilíbrio de abastecimento, mas não para responder à subida dos preços do petróleo”, disse um funcionário sul-coreano.
Em caso de desbloqueio de qualquer reserva de petróleo a quota-parte dos EUA deve ser superior a 30 milhões de barris, segundo uma fonte norte-americana que participou das negociações.
Fontes próximas aos debates alertam para o facto de não terem sido concluídas as negociações sobre um fornecimento coordenado de petróleo, nem foi tomada qualquer decisão final sobre a possibilidade de prosseguir qualquer linha de acção específica sobre os preços do petróleo.