Este país é, quase na sua totalidade, dependente energia importada, mas esse paradigma está perto de mudar. Vislumbra-se a possibilidade de a Coreia do Sul seguir novos ventos no sector energético.
O Governo deu luz verde para a perfuração de um campo submarino que pode conter até 14 mil milhões de barris de petróleo e gás, o que representa uma potencial viragem de jogo para a nação asiática.
O presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, anunciou a iniciativa numa conferência de imprensa, citando um estudo especializado que indica “altas probabilidades” da presença de hidrocarbonetos na área.
A área de exploração está situada na baía de Yeongil, na cidade de Pohang, a sudeste do país. As estimativas iniciais sugerem que o volume do depósito poderia suprir o consumo nacional de gás por 29 anos e o de petróleo por 4 anos.
O Ministério do Comércio, Indústria e Energia já concedeu a aprovação para o plano de exploração e prospeção. Os resultados das perfurações exploratórias são esperados para o primeiro semestre de 2025. O projecto, estimado em mais de 500 bilhões de won (cerca de 360 milhões de dólares), terá início ainda este ano.
A descoberta e o desenvolvimento comercial do terreno podem significar uma mudança radical na matriz energética da Coreia do Sul, reduzindo significativamente a sua dependência de importações. O país pode tornar-se assim um exportador líquido de energia, impulsionando a economia e a segurança energética.
A descoberta também pode impulsionar o desenvolvimento de outras indústrias relacionadas, como refinação e petroquímica.
No entanto, a confirmação das reservas e o desenvolvimento comercial do terreno podem levar anos. Os custos de extração e os impactos ambientais da exploração precisam ser cuidadosamente considerados. É crucial garantir a gestão transparente e responsável dos recursos, com participação da sociedade civil.
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