O Presidente das República (PR), Filipe Nyusi, disse que o Estado moçambicano se mantém estável e optimista face aos grandes desafios internos e externos para os quais nunca vergou.
“As realizações de 2022, resumem-se em simples palavras: ano de trabalho, estabilidade política, pacificação, credibilidade, governação sustentável e de projecção além-fronteiras. Por isso, pode-se assim afirmar, categoricamente, que a situação-geral da nação é de estabilização, e renovado optimismo face aos desafios internos e externos”, considerou o PR, quando apresentava a situação geral de Moçambique, hoje, na Assembleia da República, na cidade de Maputo.
Para Nyusi, o informe apresentado à Nação ilustra as dificuldades que se impuseram sobre Moçambique e outras nações a nível mundial, mas também prova o esforço do Governo para superar as barreiras.
“As contingências atingiram todas as nações, mas fomos capazes de virar a página e de viver dias mais leves e mais luminosos”, referiu o PR.
O porta-voz da bancada parlamentar do partido Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), Feliz Sílvia, disse que o informe presidencial superou as expectativas dos membros do partido, uma vez que abordou questões sobre o desenvolvimento sócio-económico, terrorismo e combate à corrupção.
“A nossa apreciação foi acima do positivo. Foi uma informação bastante estruturante. Trouxe a radiografia do desenvolvimento económico e social, mas também a questão do terrorismo. Estamos num bom caminho. As pessoas já estão a retomar as suas vidas nas zonas abandonas. Achamos que o informe esteve à altura dos desafios que o país enfrentou”, disse o representante dos deputados do partido com maioria parlamentar.
A bancada parlamentar do partido Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) entende que Filipe Nyusi perdeu a oportunidade para explicar aos moçambicanos os contornos em torno da criação de novas autarquias e realização de eleições para 2023 e 2024.
“Não se pode apelar à violação da Constituição de Moçambique pela realização de eleições distritais. Vem no comando constitucional que não deve ser uma comissão ou grupo de cidadãos a deliberar se podemos ou não realizar as eleições gerais porque isto é usufruto daquilo que consta na Constituição de Moçambique”, disse Arnaldo Chalaua, porta-voz do maior partido da oposição.
Para Fernando Bismarque, porta-voz do partido Movimento Democrático de Moçambique (MDM) com minoria parlamentar, o informe do Chefe-de-Estado defraudou as expectativas dos moçambicanos e não apresentou soluções para as preocupações do país.
“As declarações ficaram aquém das expectativas do povo. É verdade que reconheceu a sinistralidade rodoviária, mas não avançou saídas possíveis. Outro aspecto relaciona-se com o pacote de aceleração económica que não está a ter um impacto real na vida dos moçambicanos, nas pequenas e médias empresas”, referiu Bismarque, frisando que faltou, no informe, acções para um combate mais acerado à corrupção. “Não basta reconhecer que há corrupção”.
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