O activista da oposição no Zimbabué, bispo Tapfumaneyi Masaya, foi encontrado morto depois de ter sido raptado no sábado, durante uma campanha política nas redondezas de Harare.
O partido Citizens Coalition for Change disse que Masaya foi raptado no decurso de uma campanha para o candidato do CCC antes das eleições parciais de 9 de Dezembro, avança a Bloomberg.
Os malfeitores o teriam torturado antes de abandonar o corpo dentro de um carro algures na capital, segundo o porta-voz do CCC, Promise Mkwananzi.
A polícia no Zimbabué disse, na segunda-feira, que levaria a cabo uma investigação para apurar as causas da morte de um cidadão cujo corpo foi encontrado onde esteva corpo do activista. A polícia alegou que a identidade do cidadão ainda era desconhecida.
O rapto e a morte de Masaya ocorrem apenas duas semanas depois de o legislador do CCC, Takudzwa Ngadziore, ter sido raptado, torturado e abandonado cerca de 50 km a norte de Harare por homens armados. Ele sobreviveu ao ataque.
O Zimbabué tem uma longa história de desaparecimentos forçados e mortes de activistas políticos que remonta à década de 1980. A oposição tem acusado frequentemente o partido no poder, Zanu-PF, de envolvimento na tortura e morte dos seus activistas.
Os partidos da oposição do Zimbabué têm vindo a apelar à realização de novas eleições desde que o presidente, Emmerson Mnangagwa, garantiu um segundo mandato em agosto. O líder do CCC, Nelson Chamisa, descreveu a votação como uma “fraude gigantesca”. A Zanu-PF negou as alegações de fraude.
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