O sectorial empresarial em Cabo Delgado sugeriu esta terça-feira a retirada de investimento francês nos projectos de gás natural da bacia do Rovuma, alegando que a descoberta do gás natural criou instabilidade no norte do país.
De acordo com o presidente do Conselho Empresarial de Cabo Delgado, Mamudo Irache, os investimentos franceses na Área 1 da bacia do Rovuma só trouxeram “mais desgraças” e insegurança para província de Cabo Delgado, frisando que, “a população de Cabo Delgado nunca viveu com base de petróleo muito menos de gás natural”.
“Porque mesmo sem França, sem este petróleo, Cabo Delgado sempre viveu, e até vivia melhor em relação a agora com está bacia do Rovuma. Até por mim era só cancelar essa situação [….] e continuarmos a trabalhar com agricultura, porque não estamos a ver vantagens, apenas estamos a ver desvantagens. Nós empresários, estamos a ver a desvantagem da população da província de Cabo Delgado, desde que se descobriu esta situação[….]”, disse Mamudo Irachi citado pela Zumbo FM Notícias.
A petrolífera francesa TotalEnergies lidera o projecto Mozambique LNG, instalado na península de Afungi, distrito de Palma, província nortenha de Cabo Delgado.
No entanto, a exploração do gás natural na bacia do Rovuma, concretamente na Área 1, foi interrompida em Dezembro de 2020 por razões de segurança, e o projecto foi oficialmente declarado sob ‘força maior’ no mês de Abril do mesmo ano.
O projecto Mozambique LNG é um dos maiores em África, com um custo estimado de 20 mil milhões de dólares e uma capacidade de produção de 12,9 milhões de toneladas por ano.
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