A União Europeia (UE) condenou o assassinato de Elvino Dias, assessor jurídico do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e do político da oposição Paulo Guambe, assinalando que “em uma democracia, não há espaço para assassinatos com motivações políticas”.

Numa nota divulgada esta tarde no portal da União Europeia, o organismo apelou a uma investigação imediata, minuciosa e transparente que leve à justiça os responsáveis por este crime ultrajante, esclarecendo as circunstâncias em que o mesmo ocorreu.

Na mesma nota, a UE diz aguardar pelas reacções do Governo moçambicano sobre o caso, “expressando as suas condolências às famílias e amigos”.

“Estes eventos ocorrem após preocupantes relatos sobre a dispersão violenta de apoiantes após as eleições da semana passada em Moçambique. A União Europeia apela à máxima contenção de todos e ao respeito pelas liberdades fundamentais e direitos políticos. Além disso, é crucial que haja medidas robustas de protecção para todos os candidatos neste período pós-eleitoral”, lê-se na publicação.

Mais adiante, o organismo frisou que a sua Missão de observação eleitoral vai continuar no país a avaliar o processo eleitoral em curso. “Esperamos que os órgãos de gestão eleitoral conduzam todo o processo com a devida diligência e transparência, respeitando a vontade expressa pelo povo moçambicano”, acrescentou.

Elvino Dias e Paulo Guambe, foram assassinados a tiros, na madrugada deste sábado (19), por indivíduos desconhecidos na Avenida Joaquim Chissano, no bairro da Coop, cidade de Maputo, há pouco mais de 100 metros de onde os dois se encontravam horas antes a socializar com amigos, num pequeno mercado no bairro da Malhangalene, conhecido como Pulmão.

(Foto DR)