Venâncio Mondlane acusa delegados da Comissão Nacional de Eleições (CNE), de tentarem inviabilizar a sua candidatura ao levantar alguns pressupostos de irregularidade, com destaque para o pedido de averbamento da coligação, facto que só é possível para os partidos políticos e não para as coligações partidárias.

O político Venancio Mondlane juntou-se à Coligação Aliança Democrática (CAD) e vai concorrer à Presidência da República como candidato desta coligação para as próximas eleições gerais de 09 de Outubro.

Entretanto, hoje, sexta-feira (05), sem revelar nomes, Mondlane afirmou que há quatro membros, dentro da CNE, que estão, desde a aprovação da sua candidatura, a tentar inviabilizar a sua inscrição.

Falando em conferência de imprensa, Mondlane prometeu que caso a sua candidatura caia, “o país poderá mergulhar num clima de tensão, o mesmo que se vive no Quénia”.

“Eles (membros da CNE) alegam que devia ter-se feito averbamento da CAD que é uma grande contradição. A lei prevê apenas averbamento de partidos e não de uma coligação, pois esta resulta de um convênio de partidos que chegam a um determinado acordo de fazer uma frente comum para um ciclo eleitoral. Após o ciclo eleitoral aquele convênio se extingue, daí que não faz sentido ter que se averbar um acordo que é temporário”, explicou o político.

Não obstante, para Venâncio Mondlane, “este argumento da CNE é absolutamente falso, pois não tem algum suporte sob o ponto de vista jurídico, uma vez que a CAD em si não possui personalidade jurídica própria”.

Entretanto, para repudiar o acto, Venâncio Mondlane e seus seguidores amotinaram-se, na manhã de hoje, defronte a sede da CNE.