O reforço e expansão do sistema de transmissão e interligação com os países vizinhos constitui uma das prioridades da empresa pública Electricidade de Moçambique (EDM).
Em entrevista ao jornal “Notícias”, Luís Ganje, director de Operação do Mercado na EDM, explicou que objectivo é obter vantagens da quantidade e diversidade de recursos energéticos de que o país dispõe, desde os não renováveis aos renováveis.
“Basta citar o exemplo do projecto da Central Térmica de Temane (CTT) de 450MW de capacidade e a linha de 650 km (400KV) entre Temane e Maputo, por onde a energia possa ser escoada para a região, através da África do Sul. Um outro empreendimento diz respeito à interligação com o Maláui, a partir de Tete (cerca de 200 quilómetros de linha a 400KV)”, disse.
Ganje afirmou que o reforço do corredor norte, no troço Chimuara-Alto Molócuè a 400KV (450km), o projecto da Central Solar de Metoro e outras iniciativas já em fase avançada de desenvolvimento serão cruciais para o posicionamento estratégico da empresa na região.
Estes esforços surgem numa altura em que a empresa de fundição de alumínio Mozal se encontra a negociar com o Ministério dos Recursos Minerais e Energia melhores alternativas no fornecimento de electricidade, pois em 2026 termina o contrato que a empresa tem com a fornecedora sul-africana Eskom.
Segundo a fonte, já existe aproximação entre a EDM e a Mozal, mas trata-se de um processo complexo, tendo em conta os condicionalismos exigidos por este tipo de indústria para o fornecimento da energia eléctrica dentro das quantidades e qualidade requeridas.