Moçambique já tem eletrificados 80% dos seus 419 Postos de Administrativos (PA) que garantem energia eléctrica a 50% da população nacional, segundo garantias do Director de Electrificação e Projectos da Electricidade de Moçambique (EDM), Cláudio Dambe.
Ele disse que ainda falta levar a energia eléctrica da rede nacional a 82 sedes dos PA, dois quais 20 já estão em obras, incluindo outros 11 postos de electricidade fora da rede sob tutela do Fundo Nacional de Energia (FUNAE).
“Mas também estamos em processo de contratação para os restantes postos administrativos. A nossa perspectiva é trabalharmos para que em todos os Postos Administrativos as obras iniciem até ao último trimestre de 2023 e que sejam concluídos até finais de 2024”, referiu Dambe, destacando haver trabalhos em curso para o alcance desses objectivos.
Este ano a EDM electrificou cinco PA, havendo sete com obras em curso e cuja ligação à rede nacional está prevista para este ano, “o que pode vir a totalizar 12 postos administrativos dentro de 2023”.
Do panorama nacional, a região norte tem 44 PA sem electrificação, dos quais 32 serão electrificados através da EDM e outros dez através do FANAE. Na região centro 30 PA ainda não têm energia da rede nacional, dos quais a EDM vai electrificar 19 PA e o FUNAE vai garantir energia para 11 PA. No sul somente nove PA estão sem luz eléctrica da EDM que vai electrificar cinco, deixando os outros quatro sob responsabilidade do FUNAE.
Além de garantir preparo técnico e de pessoal, Dambe explicou que a electrificação dos PA é financiado pelo Governo de Moçambique, não havendo, por isto, impacto na tesouraria da EDM, mesmo arcando com algumas despesas.
O responsável avançou os dados falando na manhã de hoje à Rádio Moçambique no âmbito da inauguração de um sistema de electrificação no Posto Administrativo de Chinga, distrito de Morrupula, em Nampula. A unidade custou ao Estado moçambicano 73 milhões de meticais.
A electrificação através da EDM é feita na rede eléctrica nacional e a do FUNAE através de sistemas fotovoltaicos. Quando questionado sobre os critérios determinantes para o tipo de electrificação em cada zona específica, Dambe explicou que as escolhas se baseiam em um estudo realizado entre 2018 e 2019 “que já indicava quais postos deveriam receber a electrificação da rede eléctrica e através de sistemas fotovoltaicos”.
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