Detido mais um homem envolvido num rapto em Maputo

Detido mais um homem envolvido num rapto em Maputo

As autoridades moçambicanas detiveram um homem suspeito de estar envolvido num rapto ocorrido em Outubro em Maputo, capital do país.

A detenção do homem, de 35 anos, foi possível a partir do rastreio do parque automóvel em Maputo, onde terá sido comprada a viatura usada durante o rapto, disse Hilário Lole, porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal (Sernic) na cidade de Maputo, durante uma conferência de imprensa na terça-feira.

“Por alguma distracção ou falta de perícia, [os raptores] deixaram [no parque] alguns dados que nos fizeram chegar até este homem”, referiu o porta-voz citado pela Lusa, sem avançar se o homem raptado terá ou não regressado a casa.

O detido, encontrado na província de Gaza, também no sul do país, negou as acusações e justificou que estava fora do país no período em que ocorreu o crime.

O Sernic indicou que há informações de que os raptores têm residências na África do Sul, o que facilita a sua movimentação entre os dois países, referindo que se está a “trabalhar para a sua neutralização e responsabilização”.

O rapto ocorreu no dia 03 de Outubro, na porta do Centro Cultural Islâmico, na avenida Alberto Luthuli, próximo da baixa da capital moçambicana, indicou, na altura, um segurança da entidade que presenciou o rapto.

Maputo e outras cidades moçambicanas, principalmente as capitais provinciais, voltaram a ser palco de uma onda de raptos desde 2020, visando principalmente empresários ou seus familiares.

Moçambique registou 13 raptos este ano e 33 detenções ligadas aos crimes, de acordo com os mais recentes dados avançados pelo Sernic.

Numa avaliação sobre a criminalidade, apresentada no início de Junho, a procuradora-geral da República, Beatriz Buchili, referiu que os crimes de rapto têm vindo a aumentar e os grupos criminosos têm ramificações transfronteiriças, mantendo células em países como África do Sul.

A magistrada disse que há vítimas “constantemente chantageadas”, mesmo depois de libertadas, para pagarem quantias em dinheiro para garantir que não voltam a ser raptadas.

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