CTA diz que há constrangimentos na competitividade das exportações nacionais

O Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, considera que a pandemia de covid-19 não pode ser vista como o único factor que contribuiu para o decréscimo do volume de exportações nacionais em 2020 (23% face a 2019) e aponta outros factores estruturais que constrangem a competitividade das empresas e precisam de ser imediatamente atacados.

Entre os constrangimentos, o Presidente da CTA, que falava na cerimónia de entrega do Prémio Anual do Exportador e do lançamento da 56ª edição da FACIM 2021, apontou, entre outros factores, a persistência de barreiras de entrada no mercado; a deficiente informação sobre os mercados de exportação, o que dificulta o engajamento dos exportadores nacionais no mercado global; a estrutura de custos das empresas nacionais, conjugada com o baixo nível de inovação; as dificuldades de acesso ao financiamento; a deficiência de certificação e o cumprimento dos padrões de qualidade internacionais dos produtos nacionais; e as barreiras não tarifárias que dificultam o acesso a mercados, entre outros.

A despeito destes desafios, Vuma enalteceu os esforços que os premiados evidenciaram para provar que com resiliência, reinvenção e cometimento pode se fazer a diferença, num contexto de adversidades.

Tendo em vista minorar os desafios retro mencionados, a CTA garantiu há dias que irá lançar, em breve, o Clube do Exportador, uma plataforma empresarial multisectorial, independente e sem fins lucrativos, para responder às necessidades dos exportadores e agregar os operadores numa frente comum de advocacia em prol de uma melhor inserção no mercado global.

“Acreditamos que a próxima edição da FACIM irá dinamizar o cometimento de todos nós na promoção e exibição para o mundo do que, a despeito da crise pandémica, podemos oferecer para galvanizar as trocas comerciais entre Moçambique e outros países”, salientou Agostinho Vuma.

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