Cristovão Chume exige disciplina nas Forças Armadas de Defesa

Cristovão Chume exige disciplina nas Forças Armadas de Defesa

O ministro da Defesa Nacional, Cristovão Chume, voltou, nesta quarta-feira (19), a exigir disciplina no seio dos militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), uma cobrança feita numa altura em que parece ser cada vez mais escasso o comportamento íntegro e de verdadeiro seguimento dos comandos e regras militares.

Falando nas as cerimónias de juramento à bandeira nacional do 1.° Curso Integrado de Formação de Praças Fuzileiros, de Imposição da Boina ao 11.° Tirocínio para Oficiais e de encerramento do 2° Curso de Capacitação em matérias da componente naval para a Polícia Militar, na Escola de Fuzileiros Navais da Marinha de Guerra de Moçambique, no distrito municipal KaTembe, o governante afirmou que a disciplina militar deve ser entendida como bússola que deve conduzir a sua missão em todas as acções operativas ou de outra índole profissional, tal como esse instrumento é usado pelos marinheiros até à chegada a um porto seguro.

“Ao militar é-lhe dada a disciplina militar para implementar o comportamento exigido a todos aqueles que juraram cumprir com lealdade o cumprimento do serviço militar. Por outro lado, respeitar, com rigor, a hierarquia militar que também aprenderam durante o vosso curso”, frisou Chume, citado pelo jornal SAVANA.

Os exemplos mais recentes de ausência de disciplina no seio das Forças Armadas de Defesa de Moçambique vêm do Teatro Operacional Norte, em que por diversas vezes militares aparecem associados à venda de informações a favor dos terroristas. Há, igualmente, constantes acusações de os militares andarem a chantagear e promover cobranças ilícitas a cidadãos de zonas em conflito, sob ameaça de colocá-los na lista de suspeitos de colaboração com o terrorismo. O consumo de álcool até ao claro estado de embriaguez, por parte de militares no terreno, tem sido também uma grande preocupação para os dirigentes do Ministério da Defesa.

Aliás, sobre o Teatro Operacional Norte e as acções de combate ao terrorismo, Cristovão Chume  disse que um dos desafios que se coloca pela frente para “as mulheres e homens” que ontem encerraram os seus cursos militares tinha mesmo a ver com a necessidade de cada vez maior determinação e demonstração da necessária bravura no combate à insurgência em Cabo Delgado.

“O extremismo violento e o terrorismo devem estar sempre no topo da lista dos males a serem erradicados do nosso solo pátrio, porque põem em causa a nossa existência enquanto Estado uno e indivisível”, recordou Chume, chamando atenção para a necessidade de maior consciência a determinação no combate ao terrorismo que, há pouco mais de seis anos, grassa a província de Cabo Delgado.

 

(Foto DR)

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