Cerca de 1800 famílias, estão a enfrentar uma crise alimentar, provocada pela seca e estiagem que assola o posto administrativo de Chipopopo, no distrito de Machaze, província de Manica.
O chefe do Departamento de Segurança Alimentar e Nutricional na Direcção Provincial de Agricultura e Pescas, em Manica, Dionísio Rapieque, disse a jornalistas que as famílias afectadas pela insegurança alimentar são as que perderam parte das suas culturas devido à seca e estiagem que assolou algumas regiões do distrito.
“Houve um grande empenho por parte da população na produção agrícola. Mas a seca e estiagem fustigaram algumas regiões do distrito. Neste momento estamos a mobilizar alguns comerciantes e outros intervenientes para apostarem nas trocas comerciais. Podem levar cereais para Machaze e de lá obter alguns produtos”, disse.
Rapieque aconselha a população a não comercializar a pouca produção conseguida na primeira época, como forma de evitar que mais pessoas estejam mergulhadas na crise alimentar que afecta a zona de Chipopopo.
“Existem famílias que mesmo com a seca e estiagem conseguiram alguma produção. O nosso apelo é que não vendam tudo o que colheram. Façam uma troca pensando que também precisam de se alimentar. Em alguns casos as pessoas olham para o celeiro e pensam que têm muita produção. Vendem tudo e ficam com fome”, disse Rapieque.
Assegurou que a instituição que dirige está a trabalhar com a população para que aposte na segunda época da campanha agrária 2021/22.
“A população está a fazer o aproveitamento das zonas baixas para algumas culturas resistentes à seca, como é o caso da mandioca ”, explicou.
Machaze espera colher na segunda época da campanha ágraria 11.712 toneladas de diversas culturas, numa área de 5884 hectares. O distrito tem 126.000 habitantes, com dois postos administrativos, nomeadamente Save e Chitobe.
Fonte: AIM
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