Credit Suisse apresenta nova estrutura para abafar casos de corrupção

O Credit Suisse pretende abafar os escândalos de corrupção e má gestão que lhe custaram milhares de milhões de dólares e, para tal, vai revelar uma nova estrutura central na quinta-feira (4).

Só ano passado, o Credit Suisse teve prejuízos em demasia: foi multado por ter efectuado um empréstimo fraudulento a Moçambique; ficou prejudicado pelo seu envolvimento com o extinto financiador Greensill; acumulou prejuízos de 5,5 mil milhões de dólares quando o escritório familiar norte-americano Archegos entrou em colapso, e foi repreendido pelos reguladores por espionagem a executivos.

Em Abril deste ano, o segundo maior banco suíço convidou o economista e banqueiro português, António Horta Osório, para tomar as rédeas da instituição. O banco vai apresentar a sua nova configuração quando o experiente bancário divulgar os resultados operacionais do terceiro trimestre.

As expectativas são as de que o Credit Suisse crie um único departamento de gestão de património destinado a uma elite mundial, fazendo desaparecer as seguintes repartições: uma empresa na suíça, uma divisão na Asia-pacifico e uma internacional com sede na Suíça, a fim de centralizar a supervisão na sede do banco em Zurique. A ideia é simplificar a gestão de riquezas e abrir caminho para cortes de despesas.

Embrulhado em maus lençóis, especialmente pela ma repercussão mediática, o Credit Suisse viu seus accionistas desaparecerem e as acções do banco caírem 12%.

Analistas sugerem que seria necessário mais do que “uma nova configuração de divisão” no Credit Suisse para reverter essa tendência, podendo mesmo aliar-se a um concorrente.

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