Covid: Afinal, a variante Ómicron ainda não é tão assustadora assim…?

Desde a descoberta do novo coronavírus (covid-19), – a comissão de Saúde de Wuhan, na China, informou formalmente a Organização Mundial da Saúde (OMS) a 31 de Dezembro de 2019 –, autoridades de saúde identificaram várias mutações do agente viral.

Neste sentido a OMS havia listado cinco variantes, nomeadamente Alfa (Reino Unido), Beta (África do Sul), Gama (Brasil), Delta e Capa (Índia), até 25 de Novembro de 2021, quando a OMS anunciou a existência de uma “sexta versão”, a “Ómicron” identificada, primeiramente, na África do Sul. E, considerando a nomenclatura do alfabeto grego (alfa, A/α; beta, Β/β; gamma, Γ/γ; delta, Δ/δ; Kappa, Κ/κ;) na identificação das mutações, estaríamos já na 15ª variante do coronavírus, pois, Ómikron (O/ο) é a letra número quinze do alfabeto grego, e as outras estão entre a primeira e a quinta letra.

Relativamente à variante Ómicron, ainda não há razões para alarido, ou seja, rotulá-la como preocupante. A garantia é de uma médica que ajudou a descobrir a nova variante.

Segundo a Presidente da Associação Médica da África do Sul (SAMA), Angelique Coetzee, os sintomas provocados pela variante Ómicron são “muito leves”, não há perda do olfacto nem paladar. E, entre os pacientes que contraíram o vírus nenhum deles precisou de ser internado e recuperaram-se da doença.

Apesar disso, Coetzee alerta que dados mais precisos sobre as consequências do vírus em humanos vão estar disponíveis nas próximas duas semanas, “mas por enquanto isso é o que observamos”.

Na verdade, sempre que o vírus multiplica-se no corpo humano, há uma possibilidade enorme de surgir uma nova variante

Em entrevista à AFP, este domingo (28) a médica afirmou que nos últimos dez dias examinou cerca de 30 pacientes que deram positivo para o coronavírus, mas apresentavam sintomas incomuns.

“Eles vieram fazer consultas porque estavam extremamente cansados”, disse, acrescentando que isto é incomum em pacientes mais jovens. A maioria dos infectados era de homens com menos de 40 anos de idade, e menos da metade deles já havia sido vacinada.

Outros sintomas identificados nesse grupo de pessoas foram uma leve dor muscular, uma “coceira na garganta” e uma tosse seca, sem perda de olfacto ou paladar. Apenas alguns tinham uma temperatura ligeiramente elevada.

Na verdade, sempre que o vírus multiplica-se no corpo humano há uma possibilidade enorme de surgir uma nova variante. No entanto, entre as novas versões do coronavírus houve aquelas que mereceram maior destaque, por apresentar maior índice de transmissibilidade e resistência à imunidade adquirida (via vacina ou infecção natural), bem como ter efeitos mais graves.

A 25 de Novembro, pesquisadores sul-africanos anunciaram que haviam identificado a variante B.1.1.529, denominada, no dia seguinte “ómicron” pela OMS. Acredita-se que a variante tenha múltiplas mutações e seja altamente contagiosa.

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