O continente africano precisa de vacinar mais de metade da sua população total, ou seja, 70% dos habitantes, contra a covid-19, e, caso contrário, esta doença poderá tornar-se endémica em Africa como a tuberculose e o HIV/Sida.
O alerta é do Director do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), John Nkengasong, que falava hoje, na conferência de imprensa, realizada na sede do órgão, em Adis Abeba.
O responsável disse que o continente pode chegar a essa situação devido a lentidão no processo de vacinação, e “espero que não cheguemos lá, mas estamos a ir nessa direcção”.
Nkengasong admitiu que haverá outras variantes depois da ómicron, uma vez que o vírus continuar a circular. “e o que temos de fazer é garantir a implementação de medidas de saúde pública”, já largamente divulgadas, “e depois vacinar com rapidez e em escala”.
O ano de 2022, continuou, será marcado por três grandes objectivos, que são a expansão dos testes, a propagação da vacinação e o aumento do acesso ao tratamento.
“Nós podemos estar cansados, mas não podemos baixar a guarda… porque o vírus não se vai cansar”, concluiu.