Elizabeth Harz, CEO da empresa de software de monitorização de funcionários, InterGuard, com sede em Connecticut, nos EUA, concedeu uma entrevista ao diário Washington Post, onde explicou alguns dos métodos utilizados pela empresa, para servir algumas entidades patronais.
Segundo a executiva, citado pelo portal Executive Digeste, estas são diligências necessárias. “Com o confinamento e o teletrabalho, boa parte nos nossos clientes achavam que iam entrar em falência”, explica.
Segundo a consultora Gartner, quando a pandemia começou, em Março de 2020, 30% dos grandes empregadores adoptaram pela primeira vez um software de “espionagem de trabalhadores”, agoora 60% do tecido empresarial americano está rendido a esta medida.
Alguns Estados, o como Delaware e Connecticut exigem que os empregadores avisem por escrito os trabalhadores desta actividade, no entanto são muitas as regiões, onde tal não acontece.
Segundo Harz, o email é sempre a primeira frente, para este tipo de actividades de monitorização. “Seja Gmail, Outlook, ou outro servidor, costuma haver administradores autorizados a entrar na sua caixa de email. Este ano a Microsoft já anunciou que é “contra a espionagem no trabalho”, no entanto o seu software é ainda um dos elegíveis, para este tipo de actividade.
As empresas têm ainda por hábito utilizar plataformas de monitorização de teclado. Estas ferramentas indicam quanto e o que está a escrever. Sempre que teclar a Teramind, InterGuard, ActivTrak, Hubstaff e TimeCamp conseguem colectar dados do seu trabalho.
Por fim, como refere Harz, é comum que os empregadores investiguem o seu navegador, caso o computador seja do trabalho. Por norma “qualquer tráfego não encriptado é passível de ser lido, se o computador for alterado”, explica a executiva.