As autoridades moçambicanas registaram, no ano passado, 17 casos de raptos de empresários na cidade de Maputo. De acordo com o Secretário de Estado na Cidade de Maputo, Vicente Joaquim, que falava esta segunda-feira (03), durante a uma visita de trabalho ao comando da Polícia na capital do País, destes raptos, 13 casos foram concluídos e quatro foram frustrados.
Citado pela AIM, o governante acrescentou que destes 17 casos registados no último ano, dois foram resolvidos e dois raptores foram detidos.
“Em 2024, registámos 17 casos de rapto, em comparação com os 10 registados em 2023. A maioria dos casos ocorreu no município de Ka Mpfumu, com um total de 11 casos. As medidas tomadas, em termos gerais, foram a comunicação com a força operacional no terreno, a recolha de provas no local e o acompanhamento das diligências para o esclarecimento dos casos”, disse Vicente Joaquim.
Desde que o primeiro caso de raptos foi registado há 12 anos em Moçambique, 100 empresários, na sua maioria de origem asiática, já abandonaram o País. De acordo com o Relatório de Análise Estratégica (RAE), publicado pelo Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM), a onda de raptos gerou, desde 2014, mais de 33 milhões de dólares em lavagem de dinheiro.
A Confederação das Associações Empresariais de Moçambique (CTA) salienta que a maioria dos casos de raptos não foi resolvida, embora as autoridades afirmem ter identificado alguns dos mandantes.
O Secretário de Estado na Cidade de Maputo afirmou ainda que, no ano passado, foram realizadas acções relevantes de segurança para combater 8070 crimes diversos, contra 8825 em 2023, o que corresponde a uma redução de 755 casos (8,55%).
“Destes casos, 7487 foram resolvidos, o que equivale a 92,7% da actividade policial. No que diz respeito à violência doméstica, foram registados 1.958 casos, contra 1937 de 2023, o que representa um aumento de 21 casos, equivalente a um por cento”, referiu.
(Foto DR)
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