Ciclone Chido: ONU anuncia 4 milhões de dólares para resposta humanitária em Moçambique

Ciclone Chido: ONU anuncia 4 milhões de dólares para resposta humanitária em Moçambique

A organização para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU, OCHA, atribuiu 4 milhões de dólares a Moçambique para apoiar a resposta humanitária rápida ao efeito do ciclone Chido. A informação foi avançada esta terça-feira (17) pela OCHA.

Segundo a organização, “as reservas limitadas de produtos estão a dificultar a resposta”, pode ler-se no documento. De acordo com o Instituto Nacional de Desastres Naturais (INGD) estimava-se que um total de 174.158 pessoas tinham sido afectadas, com 34 mortos e 319 feridos.

De acordo com as Nações Unidas, citadas pela VOA, pelo menos 190 mil pessoas precisam de assistência urgente. Os números devem aumentar nos próximos dias, informou a organização. Cabo Delgado é a província mais afectada pelo ciclone.

“Além da fragilidade provocada por anos de conflito, do deslocamento forçado e das dificuldades económicas que abalam muitas famílias na região, o ciclone Chido trouxe à tona novas situações, afetando o pouco que várias pessoas conseguiram reconstruir”, escreve a ONU.

Por sua vez, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), estima que 90 mil crianças foram afectadas em Cabo Delgado e são necessários 10 milhões de dólares para responder “às múltiplas emergências” causadas pelo ciclone Chido.

A organização receia ainda “deslocações em grande escala”, visto que pelo menos 186 salas de aula foram destruídas e 20 instalações de saúde foram afectadas.

“Moçambique é considerado um dos países mais afectados no mundo pelas mudanças climáticas e as crianças já estavam a passar por várias emergências com risco de vida antes do ciclone Chido, incluindo conflitos, secas e surtos de doenças,” sublinhou a representante da UNICEF em Moçambique, Mary Louise Eagleton.

A par da ONU, a organização humanitária World Vision Moçambique anunciou esta terça-feira que vai prestar assistência a 75 mil pessoas, com um apoio estimado em 1,2 milhões de dólares “para viabilizar intervenções multifacetadas, nos setores de alimentação, abrigo, água, saneamento e higiene, e protecção”, indica um comunicado da organização.

 

(Foto DR)

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